O/A Musicoterapeuta é a pessoa que usa a música como terapia para prevenir ou reabilitar a saúde física, mental e psíquica. Portanto, a Musicoterapia é um complemento a outras práticas médicas para ajudar pessoas.
Mas continua a ler para saberes mais dessa profissão…
A música é uma ótima forma de provocar o bem-estar das pessoas em qualquer contexto. Mas é cada vez mais usada na terapia como auxílio de tratamentos clínicos e psicológicos.
Assim, o/a Musicoterapeuta surge a par de outros profissionais, como por exemplo o/a Cineterapeuta ou Biblioterapeuta, entre as novas abordagens da Psicoterapia. Essas fórmulas inovadoras apostam no lazer para incentivar a cura pelo prazer.
Mas repara que a profissão exige conhecimentos a dobrar, pois é preciso entender de música e de terapia.
Além disso, é preciso aptidão especial para lidar com pessoas, bem como muita dedicação e gosto pela área.
O que é a Musicoterapia
A Musicoterapia existe como terapia desde 1972. Contudo, ainda não tem o estatuto de outras terapias mais tradicionais. Mas os seus benefícios já foram provados pela ciência.
Em termos de definição, podemos dizer que é a “cura” com melodias, ritmos e batidas dos mais diversos estilos de músicas. Portanto, esse terapeuta usa a música para promover o bem-estar das pessoas.
Repara que esse bem-estar pode ser físico ou mental, bem como envolver grupos ou indivíduos isolados. Mas também pode implicar todas as idades, desde bebés a idosos.
Para que serve a Musicoterapia
Há vários estudos que atestam os benefícios da terapia com música. Espreita de seguida alguns dos problemas de saúde que pode ajudar a combater:
- Ansiedade e stress – a música ajuda a aliviar a tensão e a controlar a ansiedade.
- Autismo – a música permite criar laços sociais e promove a interação com os outros.
- AVC – a terapia musical auxilia na reabilitação após derrames cerebrais.
- Doença de Parkinson – o uso da percussão pode ajudar com os tremores e dificuldades na marcha.
- Dor crónica – ouvir música incentiva o menor uso de remédios para controlar a dor.
- Hipertensão – batidas musicais controlam o ritmo do coração, tornando-o mais lento e, assim, ajudando a pressão a descer.
Mas a Musicoterapia é também usada em Psiquiatria e funciona muito bem com bebés e com crianças.
Fica connosco para saberes mais sobre esse mundo…
Quanto ganha um Musicoterapeuta
O salário médio anual pode variar muito em função de vários aspetos, a começar pelo país onde trabalha.
Assim, se nos EUA e no Reino Unido, pode ganhar mais de 30 mil dólares por ano, em Espanha ou Portugal poderá receber entre 15 mil a 20 mil euros. Já no Brasil, terá ganhos entre 20 mil e 80 mil reais por ano.
Mas repara que os profissionais de terapia em geral costumam ter rendimentos bem variáveis. Portanto, os seus ganhos dependem muito da experiência, mas também do grau de formação e até do local onde trabalham.
Há muitos profissionais que trabalham em clínicas, hospitais ou em outro tipo de instituições ou empresas. Assim, nesses casos têm rendimentos mais ou menos fixos.
Mas também há os freelancers que podem ter ganhos interessantes, mas menos certos.
Nota ainda que os Musicoterapeutas mais especializados, por exemplo em cuidados paliativos, podem ter vantagem.
Todavia, o essencial é trabalhar com paixão e com real interesse pelo outro. Tudo o resto virá depois!
O que faz um Musicoterapeuta
Os Musicoterapeutas ajustam métodos de terapia a perfis de pessoas, portanto tentando resolver os seus problemas. Mas usam a música como o principal instrumento de trabalho.
Assim, avaliam as pessoas a nível físico, motor e emocional. Porém, também analisam as suas capacidades pessoais, por exemplo, a nível social e de comunicação.
Após traçarem o perfil e as dificuldades das pessoas, elaboram um plano de ação com a música no centro. Esse trabalho pode ser feito em sessões individuais ou em grupo, conforme os casos.
Mas é certo que nessas sessões vão usar técnicas de terapia mistas, como por exemplo a prática musical.
Todavia, o/a Musicoterapeuta pode ainda trabalhar em equipa com Psiquiatras, Terapeutas Ocupacionais ou Cuidadores de Idosos, por exemplo. Assim, participam num esforço conjunto, com avaliação contínua, para promover o bem-estar de pacientes.
Contudo, espreita como é o trabalho desse profissional no tratamento de crianças internadas…
Mas continua a ler para entenderes um pouco melhor como é o trabalho de um Musicoterapeuta…
Quais as suas funções
Esse profissional recorre à sua formação musical para ligar-se às pessoas que pretende ajudar. Assim, a música é uma força criativa que “ataca” as dificuldades sociais, emocionais e/ou físicas dessas pessoas.
Portanto, não é um Músico na sua essência, embora também o possa ser fora do contexto da terapia. Nem tão pouco é um professor que tenta ensinar um instrumento.
Mas usa a música para comunicar e para chegar ao outro, pois quer provocar mudanças positivas nele.
Assim, tem de criar programas de intervenção apoiados na Musicoterapia e adequados aos indivíduos que pretende ajudar.
Deste modo, será muito diferente a sua forma de atuar conforme trabalhe com pessoas com lesões cerebrais devidas a um AVC ou com pacientes autistas. Essas diferenças definem o tipo de trabalho que realizará.
Mas algumas das funções do Musicoterapeuta são as seguintes:
- Acertar os objetivos da terapia
- Atuar nas sessões, seja tocando e escutando ou brincando
- Incentivar o uso de instrumentos musicais ou da própria voz
- Promover a participação das pessoas
- Improvisar com música durante as sessões
- Planear, rever e avaliar as sessões de terapia
- Gravar as sessões (com autorização dos participantes)
- Avaliar os comportamentos dos pacientes
- Incentivar a criatividade musical
- Reunir com outros terapeutas e profissionais médicos
- Elaborar relatórios
- Fazer recomendações de tratamento.
Vem agora descobrir mais dados sobre como encontrar emprego nessa área…
Saídas no Mercado de Trabalho
Há várias possibilidades para os Musicoterapeutas, por exemplo, desde escolas a clínicas ou hospitais. Mas também podem trabalhar em centros de reabilitação ou em lares e instituições de apoio a idosos.
O leque de pessoas com quem podem trabalhar é bem alargado, passando desde bebés a toxicodependentes, bem como a pessoas com dificuldades físicas e motoras ou doentes mentais.
Portanto, não faltam oportunidades. Mas muitos Musicoterapeutas trabalham a tempo parcial, pois mantêm atividade na Música em simultâneo com a terapia.
O ensino é outra opção de carreira, mas também podem fazer investigação ou até Coaching.
No Brasil, a Musicoterapia passou a integrar a Política Nacional de Práticas Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, abriram-se novas portas a essa terapia alternativa.
Contudo, em alguns países, a atividade é menos respeitada.
Assim, precisas de estudar bem o mercado onde queres atuar, pois as realidades podem ser bem distintas.
Como entrar na carreira de Musicoterapeuta
Não há um percurso concreto para entrar na profissão de Musicoterapeuta. Mas é importante ter conhecimentos firmes de música. Assim, saber tocar instrumentos, por exemplo, guitarra e piano, é obrigatório, bem como ter uma boa capacidade vocal.
Além disso, é essencial ter paixão por ajudar os outros e ser sociável e bem paciente. Por outro lado, deve saber colocar-se no lugar do outro.
Porém, não existe um caminho certo para começar nessa carreira.
Por vezes, há músicos que acabam por se interessar pela área. Mas também pode acontecer que um terapeuta ou Assistente Social se interesse pela música como terapia.
Portanto, ambos os caminhos são possíveis, embora haja alguns passos essenciais para todos.
Requisitos para ser Musicoterapeuta
Em Portugal, a Associação Portuguesa de Musicoterapia (APMT) trata da acreditação dos profissionais do setor. A entidade divulga a lista de Musicoterapeutas Certificados em Portugal no seu site.
Mas para se obter a Certificação é preciso cumprir alguns requisitos que vamos enunciar de seguida:
- Formação profissional em Musicoterapia
- Trabalhar sob supervisão direta de um Musicoterapeuta com experiência clínica
- Experiência de trabalho como Musicoterapeuta de, pelo menos, um ano
- Formação musical básica de, pelo menos, um ano letivo numa escola de música.
Mas além desses critérios resumidos, podes consultar mais informações detalhadas na página da APMT.
Contudo, é preciso acrescentar aos pontos referidos que a formação profissional a tirar deve ser coordenada por um profissional reconhecido como Musicoterapeuta pela Associação.
Além disso, o curso deve ter disciplinas como Musicoterapia, Música e Ciências da Saúde, da Educação e do Comportamento, bem como um estágio com duração mínima de 80 horas ao longo de 5 meses.
Mas sabes como podes preparar-te para a profissão? Vem daí descobrir….
Onde estudar Musicoterapia
Estão a surgir, cada vez mais, cursos dedicados à Musicoterapia, pois é uma área em crescendo. Mas, muitas vezes, esses cursos são formações complementares, em jeito de mestrados ou pós-graduações.
Portanto, é uma boa forma de enriquecer percursos académicos iniciais nas áreas da Música, da Psicologia ou das Ciências Sociais, por exemplo.
Porém, para lá desse percurso, é sempre importante estudar essa terapia em concreto para poder trabalhar na área.
Assim, vamos ajudar a encontrar algumas opções de estudos na área. Espreita as nossas dicas já de seguida…
Portugal:
Brasil:
Agora que já sabes o que é um Musicoterapeuta e o que faz, podes avaliar se é o caminho que pretendes seguir. Achas que a Musicoterapia é a tua praia? Se a resposta é sim, só tens de procurar a formação certa para poderes começar a pôr em prática esses ensinamentos. Ficamos a torcer pelo teu sucesso!
1 comentário em “Musicoterapeuta – Musicoterapia”
Importante ressaltar que para ser um Musicoterapeuta é necessário ser graduado em Musicoterapia, em universidades reconhecidas pelo MEC.
Não existe Musicoterapia sem um Musicoterapeuta Graduado.