O oncologista pediátrico é um médico especialista no diagnóstico e tratamento de crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos, com cancro. Sem dúvida, a oncologia pediátrica é uma das especialidades médicas mais difíceis, muito pela carga emocional que tem.
Cuidar e tratar crianças nunca é fácil, mas esta tarefa torna-se ainda mais complicada quando elas nos chegam com problemas sérios de saúde. Apesar de ser difícil lidar com o cancro em pessoas ainda tão novas, o oncologista pediátrico é a esperança para elas.
Por isso, olhamos para estes profissionais como uns heróis de batas brancas, que não desistem de nenhum paciente e fazem de tudo para que estas crianças vivam felizes e com o mínimo de danos possível.
Pode parecer difícil, mas a luz destes pequenos torna o dia a dia mais fácil. Crianças e jovens conseguem olhar as adversidades com ânimo leve. A esperança está sempre lá, e isso dá-nos força para continuar o nosso trabalho.
Se a área da saúde te interessa, se és apaixonado por medicina, e as crianças são especiais para ti, então vem conhecer a especialidade de oncologia pediátrica. Esta pode ser, sim, a profissão que tanto procuras!
Neste artigo vamos mostrar-te o que faz um oncologista pediátrico, quais as funções que tem, como é o dia a dia, as saídas no mercado de trabalho e o percurso que terás de fazer para seguir esta carreira.
Vamos?
O que faz um Oncologista Pediátrico?
O oncologista pediátrico é o médico que diagnostica e trata o cancro em crianças e jovens. Pode parecer assustador, à primeira vista, mas o que seria destas crianças se não houvesse um profissional que cuidasse delas? E a verdade é que estes “seres”, embora tão pequenos, transmitem uma luz inacreditável.
Mesmo com tratamentos duros, as crianças conseguem manter um sorriso no rosto impressionante. É isto, também, que faz ser mais fácil de suportar o trabalho em oncologia pediátrica.
Ele trabalha com uma grande equipa, tanto de outros médicos, como de outros profissionais, como, por exemplo:
- Enfermeiros
- Nutricionistas
- Técnicos de farmácia
- Assistentes Sociais
- Psicólogos
- Professores
- Educadores de Infância
- Assistentes Técnicos
- Assistentes Operacionais
Crianças e jovens têm características biológicas diferentes dos adultos. Por isso, o tratamento de doenças proliferativas tem também de ser distinto. Por isso, tem de focar o seu estudo e investigação no tratamento destas doenças nos mais novos.
Infelizmente, os tumores em crianças e adolescentes são bem mais agressivos, além de evoluírem muito mais rápido.
No entanto, a boa notícia é que a resposta aos tratamentos também é mais rápida que nos adultos. Por isso, a maior parte dos casos de cancro em crianças são curáveis, desde que o diagnóstico seja feito numa fase ainda precoce da doença. Os tipos de cancro mais frequentes nas crianças e adolescentes são os linfomas, leucemias e os tumores do sistema nervoso central.
Em Portugal, cerca de 80% dos doentes desta especialidade sobrevivem, o que é um bom alento para quem quer seguir a profissão de oncologista pediátrico.
Quais as suas funções
O oncologista pediátrico tem como função principal diagnosticar e tratar casos de cancro, ou suspeita de cancro, em crianças e jovens dos 0 aos 18 anos, em Portugal, e dos 0 aos 21 anos, no Brasil.
Ele prescreve os melhores tratamentos, os quais vão depender do tipo de tumor, estágio, entre outros fatores. Os mais usados são a quimioterapia, radioterapia, terapia biológica e hormonoterapia, embora não sejam os únicos.
Como esta é uma especialidade muito complexa, o trabalho é feito com uma equipa multidisciplinar. Sendo assim, o profissional de oncologia pediátrica trabalha com:
- Patologistas
- Radiologistas
- Cirurgiões pediátricos
- Pediatras
- Psiquiatras
- Enfermeiros
- Psicólogos
- Nutricionistas
- Fisioterapeutas
- Entre outros
Atualmente, o tratamento oncológico é individualizado, de forma a obterem-se os melhores resultados. A análise do tipo de tumor é essencial nesse sentido e, hoje, fazem-se estudos genéticos do tumor para definir o melhor caminho a seguir.
Embora todos quiséssemos que o tratamento tivesse sempre um caráter curativo, nem sempre isso acontece.
Sem dúvida, o primeiro objetivo do tratamento oncológico é a cura total dos pacientes. Quando isso não é possível, opta-se por um tratamento para a remissão da doença, ou seja, regredir a doença e neutralizá-la o maior tempo possível.
Quando aparecem casos em que as hipóteses de cura não existem e a remissão é muito difícil, fazem-se tratamentos paliativos, ou seja, controlar a doença, assim como os sintomas, por maior tempo possível e garantindo a qualidade de vida dos pacientes.
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O dia a dia de um Oncologista Pediátrico
O dia a dia não é fácil. Sem dúvida, estar perto de crianças e jovens com doenças tão sérias como o cancro não é para qualquer um. É preciso ter muita força de espírito para conseguirmos lidar com estas situações.
Além disso, precisamos ter muita empatia, não só com os mais novos, como com os seus pais, familiares e educadores. Não é fácil receber uma notícia destas e o médico precisa dar todo o apoio necessário.
Esclarecer que existem muitas esperanças é imprescindível, até porque a palavra cancro remete sempre à morte próxima para as pessoas em geral.
O trabalho é principalmente de ambulatório, o que quer dizer que, se seguires esta profissão, a maior parte do tempo vais passar em consultas. Além das consultas, terás de visitar os pacientes que estão internados.
Reuniões com os outros profissionais envolvidos nos casos também fazem parte do dia a dia deste médico.
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Saídas no Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho na área da medicina é muito bom, até porque existe sempre espaço para estes profissionais. Os oncologistas pediátricos, embora em menor quantidade, também são necessários.
Em Portugal, existem três centros de oncologia pediátrica: Coimbra, Porto e Lisboa. Portanto, se seguires esta especialidade, terás de trabalhar numa destas regiões.
No Brasil, os oncologistas pediátricos também são muito procurados e poderás atuar tanto no SUS como em hospitais e clínicas privadas. As oportunidades de trabalho são muitas, portanto é hora de investir na tua formação.
Como entrar na carreira de Oncologista Pediátrico?
Para seguires a carreira em oncologia pediátrica, precisas primeiro fazer o mestrado integrado em Medicina. Este mestrado tem a duração de 6 anos. Depois precisas fazer um ano de internato médico. Durante o internato, vais passar por várias especialidades.
Para seguires oncologia pediátrica, deves fazer o internato médico da especialidade em Pediatria. Assim que terminares o internato de especialidade, deves candidatar-te à subespecialidade de Oncologia Pediátrica.
No Brasil, o percurso é similar. Primeiro tens de fazer a faculdade de Medicina (também de 6 anos), seguida de residência médica em Hematologia e Hemoterapia, ou em Oncologia Clínica, ou então em Pediatria. Só depois podes fazer a especialização em Oncologia Pediátrica.
Onde estudar Medicina
Portugal:
Brasil:
Já tens a certeza de que o teu futuro passa por ser oncologista pediátrico? Então não deixes nunca de seguir os teus sonhos. Investe na tua formação, dedica-te muito, pois vais valer a pena todo o esforço. É um caminho longo, sabemos, mas muito recompensador. O prazer em ver a alegria de toda uma família ao ver uma criança ou jovem curado não tem preço. Vais ser muito feliz, com toda a certeza. Sucesso!