As alterações climáticas estão aí e são reais, mas também podem ser uma oportunidade. Sabias que 85% de todos os empregos em 2030 ainda não foram inventados? Vem descobrir empregos de futuro e saber como aproveitar a transição para a Economia Verde.
A maioria dos países desenvolvidos já está a investir na transição para a Economia Verde, pois é preciso adaptar a realidade à ameaça das alterações climáticas.
As mudanças no clima são já evidentes em muitas áreas. Portanto, os governos e as empresas têm de se ajustar a novos cenários sociais e económicos.
Neste contexto, o mercado de trabalho também está a mudar e, assim, é urgente desenvolver competências para a Economia Verde. Sem esta mudança, a economia global poderia perder até 71 milhões de postos de trabalho, segundo dados do Grupo Adecco.
Assim, as competências e a requalificação profissional são essenciais, conforme assinala o estudo “Competências para a Economia Verde” que é divulgado pela Adecco.
Este documento realça como as competências podem incentivar a transição para uma economia mais sustentável. Além disso, avança ações para reduzir os impactos negativos das alterações climáticas no mercado de trabalho.
- Aproveita para descobrir “9 Profissões do Futuro que vieram para ficar“.
85% dos empregos de futuro ainda não foram inventados
Mas para assegurar que a Transição Verde é um sucesso, é preciso prestar mais atenção ao capital humano e às competências.
As competências e o seu potencial são, muitas vezes, pouco valorizadas nas estratégias nacionais, prejudicando, portanto, as empresas e os trabalhadores.
O investimento na requalificação pode inverter esta tendência, de tal forma que só o setor energético pode produzir um crescimento líquido de 18 milhões de postos de trabalho, segundo refere a Adecco.
Assim, qualquer estratégia de transição bem-sucedida terá que ter em conta as seguintes informações:
- Mais de 1,47 mil milhões de empregos a nível mundial dependem de um clima estável
- 85% de todos os empregos em 2030 ainda não foram inventados
- Eliminação gradual dos combustíveis fósseis vai afetar algumas áreas (por exemplo, as indústrias energética e automóvel)
- Mudança de comportamento dos consumidores vai obrigar empresas a oferecerem soluções amigas do ambiente
- Tendência é para produzir produtos mais sustentáveis e, portanto, com mais tempo de vida útil.
Neste cenário económico e social, os governos terão de ser inteligentes para enfrentar estes desafios. Ao elaborar as suas políticas, devem ter em conta o seguinte:
- Mudanças nas indústrias vão ser em diferentes geografias e em diferentes momentos
- Haverá uma perda instantânea de empregos em certas áreas
- Criação de empregos será mais gradual
- Será preciso proteger os trabalhadores e não os empregos
- Urge apostar na mobilidade e flexibilidade do mercado de trabalho
- Investimento na força de trabalho não deve ser um custo.
Oportunidades da transição verde
Os desafios não são fáceis de enfrentar, mas se forem abordados da forma certa, podem gerar muitas oportunidades para governos, empresas e indivíduos.
Em termos mais gerais, as políticas verdes vão trazer benefícios, como, por exemplo:
- Mão-de-obra mais qualificada e, portanto, ‘à prova de futuro’
- Mercados de trabalho funcionais
- Sistemas de proteção social inclusivos.
As empresas, como entidades empregadoras, devem ser proativas, mesmo que beneficiem das políticas verdes dos governos. Assim, devem apostar em:
- Mapear requisitos de aptidões
- Requalificar os colaboradores antecipando as necessidades do mercado
- Investir no emprego sustentável e nas novas competências como vantagem de marca para atrair e reter os talentos certos
- Promover novas formas de aprendizagem
- Colocar o trabalhador no centro da mudança, apostando, assim, na flexibilidade e na perícia da força de trabalho.
Ao mesmo tempo, os próprios trabalhadores devem também:
- Procurar novas qualificações
- Abraçar a flexibilidade da carreira
- Compreender que as suas competências têm uma data de validade
- Perceber que a aprendizagem ao longo da vida é essencial para garantirem um emprego no futuro.
Empregos de futuro na Economia Verde
Nesta transição para a Economia Verde, fica evidente que há ainda muito por descobrir e por fazer. Assim, nos próximos anos, haverá profissões novas a nascer perante as necessidades ditadas pelas alterações climáticas.
Mas há já profissões do presente que contribuem para um futuro sustentável.
Fica, de seguida, com algumas destas atividades que são essenciais na transição para a Economia Verde:
- Analista ESG / Sustentabilidade
- Bioengenharia
- Biotecnologia
- Ecologia
- Engenharia Ambiental
- Engenharia Hídrica
- Engenheiro Florestal
- Especialista em Energias Renováveis
- Gestão Ambiental
- Gestor de Resíduos
- Guarda Florestal
- Hidrobiologia
- Hidrogeologia
- Hidrologia
- Oceanografia
- Profissional LEED
- Sapador Florestal (Brigadista de Prevenção)
- Vigilante da Natureza / Guarda-Parques
Em conclusão…
A qualificação e a transição verde não são uma via de sentido único.
Por um lado, a Economia Verde influencia a procura de competências no mercado de trabalho. Mas, por outro lado, sem essas competências, a transição verde seria impossível.
Assim, as competências e a Economia Verde moldam-se em simultâneo. Ao investir em competências verdes, podem todos contribuir para assegurar que a transição verde é justa e que ninguém fica para trás.
É, por isso, que é essencial que governos, empresas e trabalhadores colaborem para garantir que avançamos juntos – rumo a um futuro que funcione para todos.
- Vê ainda “8 profissões que vão desaparecer“.
Artigo redigido com base em comunicado do Grupo Adecco.