A procura por uma nova profissão, ou por um novo trabalho, a partir de certas idades pode ser difícil. Mas não é uma missão impossível! Descobre 8 dicas para teres sucesso numa entrevista de emprego depois dos 50 anos…
A população mundial está cada vez mais envelhecida. Por outro lado, a medicina está mais avançada e garante mais anos de vida. Assim, é de esperar que as pessoas tenham que se aguentar por mais anos no mercado de trabalho, com funções ativas na sociedade.
E, de resto, um candidato que continue a tentar cumprir objetivos de carreira, ou que procure um novo desafio, depois dos 50 anos, tem muito para oferecer ao mercado laboral.
A experiência profissional, mas também de vida, é uma mais-valia que talvez não seja valorizada como devia. E, por isso mesmo, perder o emprego ou mudar de área, pode ser um desafio ainda maior para quem tem 50 anos ou mais!
Assim, estes profissionais têm pela frente grandes desafios que precisam de contornar se quiserem agarrar uma nova oportunidade. O segredo é apresentar-se como um candidato para o mercado de trabalho atual, e não para aquele que existia há uns 10 ou 20 anos.
Deste modo, a Adecco Portugal reuniu 8 dicas para que um candidato a uma entrevista de emprego depois dos 50 anos consiga ser bem-sucedido. Vem daí conhecer estes truques!
Aproveita para ver o ebook “Como ter um diálogo afirmativo nas entrevistas?“
Dicas para passar numa entrevista de emprego depois dos 50 anos
Há alguns detalhes que podem enfraquecer os candidatos com mais de 50 anos aos olhos dos potenciais empregadores, como, por exemplo, uma suposta menor capacidade de adaptação e a resistência à mudança. Estes são traços que costumamos associar a pessoas mais velhas. Contudo, dependem também da personalidade de cada um.
Além disso, os empregadores acreditam, à partida, que uma pessoa mais velha não tem qualificações adequadas às novas exigências do mercado de trabalho. Mas isso pode não ser verdade em todos os casos.
De qualquer modo, o profissional com 50 ou mais anos precisa de passar por processos contínuos, ao longo da sua carreira, de reskilling e upskilling, ou seja, de melhoria ou transformação das suas competências para se ajustar às necessidades do mercado. Mas esse processo é tão válido aos 50 anos como aos 40, aos 30 ou aos 20.
A formação e a aprendizagem contínuas são essenciais para conseguir manter a qualidade no trabalho, bem como para afastar a desadequação à evolução dos tempos.
Mas, para lá de tudo isso, na verdade, muitas vezes o que faz a diferença numa entrevista de emprego é a atitude. Por isso, vamos passar-te 8 dicas para te apresentares da melhor forma numa entrevista de emprego depois dos 50 anos…
1 – Ser conciso e eficaz
Um trabalhador mais velho tem, com toda a certeza, mais experiências profissionais para contar numa entrevista de emprego. E a experiência é importante para aferir a qualidade de um candidato. Mas é muito fácil uma pessoa perder-se numa sucessão sem fim de histórias!
Assim, o segredo passa por responder de forma clara e ajustada às perguntas do empregador usando a técnica STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado). Portanto, o candidato tem de comprovar que tem capacidades para apresentar soluções para os problemas e para ajudar a empresa a crescer. Tudo isto sem ser aborrecido! E sem fazer o empregador perder o seu tempo precioso.
2. Ser confiante e humilde
A experiência e a idade ajudam a criar mais confiança. É algo natural e que faz todo o sentido. Contudo, não se pode cair no risco da presunção! Assim, é preciso manter a humildade, reforçando como se está disposto a aprender sempre mais e a evoluir de forma contínua.
Esta atitude também demonstra que o candidato tem capacidade de adaptação e que está disposto a ajustar-se à equipa de trabalho, sem querer entrar “a matar” como o líder devido aos seus cabelos brancos.
3. Preparar-se para uma entrevista virtual
Hoje em dia, há muitas empresas que apostam na realização de entrevistas de emprego virtuais, ou seja, por videoconferência. A pandemia obrigou a isso, mas também se tornou mais prático fazê-lo, por exemplo, nas fases iniciais para seleção de potenciais candidatos a uma vaga.
Assim, os candidatos precisam sempre de contar com essa possibilidade. Portanto, será preciso tentar perceber qual é a plataforma que será usada, para saber como funciona. E testar tudo, inclusive o ambiente onde se vai aparecer, para que nada falhe na hora certa.
Quem quiser ficar mais confiante, pode simular uma entrevista de emprego com um amigo para treinar.
4. Sem medo de falar do que se sabe (e do que não se sabe)
As gerações mais jovens são, por norma, melhores com a tecnologia do que alguém na casa dos 50 anos. Mas nem sempre é assim! Portanto, na entrevista de emprego é preciso passar a ideia do que se sabe em termos tecnológicos, sobretudo se se dominarem as ferramentas e plataformas atuais.
Assim, será interessante mostrar como se aproveitaram as novas tecnologias para resolver problemas ou alcançar resultados, por exemplo.
Contudo, quando não se domina tanto assim a tecnologia, também é preciso reconhecer essa lacuna, avançando, por exemplo, que se está ansioso por aprender a usá-la!
5. Criar ou melhorar o perfil do LinkedIn
Muitos empregadores atuais usam o perfil do LinkedIn dos candidatos como base para procurar informações sobre o seu currículo e experiência. Nesse caso, quem não tem perfil nesta rede social profissional, pode perder trunfos na hora da entrevista de emprego.
Portanto, se ainda não tens, cria o teu perfil no LinkedIn, ou pede ajuda a alguém para o melhorar. É importante pensar nas descrições, mas também na tua foto de perfil, entre outros aspetos.
6. Focar a mente no presente
Um candidato a uma vaga de emprego precisa de demonstrar que fez o trabalho de casa. Portanto, deve comprovar que conhece a empresa e os seus valores, além de demonstrar que pode encaixar-se na perfeição neles.
Mas também é preciso passar a ideia de paixão pela empresa e pela sua missão. Assim, mesmo que a experiência passada seja importante, o foco tem de estar no presente e na forma como vai contribuir para o futuro da empresa.
7. Não exagerar na experiência
No seguimento da ideia anterior, em vez de jogar a carta de “já lá estive, já o fiz”, o candidato deve promover as suas realizações mais relevantes. Os entrevistadores não têm de saber tudo o que fez ou é capaz de fazer. Muitas vezes, eles só querem saber o que fez, nos tempos mais recentes, relacionado com a vaga de trabalho a que se candidata.
Portanto, o candidato deve escolher com muito critério as peças-chave que demonstram as qualificações para a vaga.
8. Mudar “a barreira” da idade
Quando um candidato com mais de 50 anos concorre a uma empresa “jovem”, precisa de anular “a barreira” da idade. E isso faz-se com uma abordagem focada nas capacidades de adaptação e de evolução.
É importante que o candidato seja capaz de passar uma marca pessoal jovial, dando sinais de que se pode enquadrar em qualquer ambiente de trabalho. Para isso, deve fazer uso da vivência de quem já passou por enormes mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos.
Em conclusão…
Os empregadores têm, por vezes, dúvidas em contratar trabalhadores mais velhos.
Por um lado, há as questões salariais, pois as suas qualificações podem exigir um salário mais elevado do que no caso de um jovem saído da Universidade. Mas, por outro lado, também podem recear um cenário de reforma antecipada.
Assim, perante uma entrevista de emprego depois dos 50 anos, cabe ao candidato afastar dúvidas, apresentando-se como uma escolha segura e fiável.
Trata-se de usar os cabelos brancos como atestado de responsabilidade e de capacidade de resiliência – e esses são excelentes trunfos para quem quer triunfar no mercado de trabalho!
Redigido com base num press release do Grupo Adecco.