Sabes quais são as melhores cidades do mundo para trabalhar, equilibrando a vida profissional e pessoal? Temos o top 10 dos locais que melhor cuidam do bem-estar dos trabalhadores.
O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é, cada vez mais, uma preocupação dos trabalhadores. Os mais jovens já não aceitam ser “escravos do trabalho” e, por isso mesmo, exigem condições que lhes permitam ter sucesso profissional enquanto mantêm vidas pessoais confortáveis.
Manter estes dois polos da balança equilibrados é fundamental para a felicidade e pode até ajudar a aumentar a produtividade dos trabalhadores. Além disso, é um fator importante para as empresas que querem atrair e reter talentos.
Por isso, a Forbes Advisor fez um trabalho de Data Analytics para concluir quais são as 10 melhores cidades do mundo para trabalhar, mantendo o equilíbrio saudável com a vida pessoal.
A publicação analisou informações sobre 128 grandes cidades por todo o mundo, atribuindo-lhes uma pontuação de 0 a 100. E a Europa domina o top 10 das vencedoras, como vais poder já confirmar.
As 10 melhores cidades do mundo para trabalhar
O estudo da Forbes Advisor intitula-se “Worldwide Work-Life Balance Index 2023” (ou Índice de Equilíbrio Trabalho-Vida na tradução para Português). Teve em conta dados como, por exemplo, a média de horas de trabalho, o período mínimo legal de férias, as horas de luz solar, a igualdade de género e a felicidade.
No top 10 das melhores cidades do mundo para se trabalhar saltam à vista as cidades europeias dos países escandinavos que surgem nos primeiros lugares da lista. A flexibilidade no trabalho e às ótimas políticas de apoio a trabalhadores com filhos são razões para isso.
De resto, só há uma cidade não europeia neste ranking e fica na Nova Zelândia.
Ora espreita o top 10 das melhores cidades do mundo para trabalhar…
1. Copenhaga (Dinamarca)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 70,5, Copenhaga destaca-se como a melhor cidade do mundo para trabalhar devido à “forte ênfase na sustentabilidade e alta qualidade de vida”, como destaca a Forbes Advisor.
A cidade dinamarquesa tem excelentes infraestruturas e transportes públicos, mas também uma ampla oferta de espaços verdes. Além disso, apresenta taxas de desemprego baixas e “uma licença parental justa dividida em 52 semanas para ambos os pais”, como destaca a publicação.
Em Copenhaga impera um estilo de vida conhecido como “hygge“, em que os seus cidadãos fazem questão de tirar um tempo para cuidarem de si próprios e dos outros, aproveitando os pequenos prazeres da vida. Este estilo é incentivado pelas próprias empresas através do horário de trabalho flexível e de férias anuais mínimas de cinco semanas.
2. Helsínquia (Finlândia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 65.1, Helsínquia é a segunda melhor cidade do mundo para trabalhar e viver. Isto deve-se a “muitos benefícios que promovem um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional” e a um “forte foco na comunidade e no estilo de vida saudável”, como vinca a Forbes Advisor.
É preciso ainda notar que a Finlândia aparece no primeiro lugar no Índice Mundial de Felicidade, o que também ajuda. O país é conhecido pelas suas políticas sociais progressistas que incluem boas licenças parentais.
Além disso, também aposta em férias anuais generosas até cinco semanas que permitem aos trabalhadores recarregarem plenamente as energias. O trabalho flexível, com possibilidade de teletrabalho ou trabalho híbrido, é outra das mais-valias que Helsínquia tem para oferecer.
3. Estocolmo (Suécia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 64.8, Estocolmo é outra cidade que surge neste top devido a acordos de trabalho flexíveis, com quase metade (46%) dos empregos a permitirem o trabalho híbrido ou remoto.
As licenças parentais, com os pais a terem direito a até 480 dias remunerados (240 dias para cada progenitor) quando uma criança nasce, e o período mínimo de 25 dias de férias são outras vantagens oferecidas pela cidade sueca.
Além disso, Estocolmo tem uma “economia forte e um alto padrão de vida”, bem como “uma cena cultural próspera” com “museus de classe mundial” e várias casas de espetáculos, vinca a Forbes Advisor.
4. Oslo (Noruega)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 63.2, Oslo é a quarta cidade deste top apesar de ter um alto custo de vida. Mas “os altos salários e a excelente qualidade de vida compensam”, nota a Forbes Advisor.
O horário de trabalho flexível que permite conjugar a vida profissional com a pessoal é um dos fatores que a publicação realça para justificar que Oslo esteja no top das cidades que oferecem melhor qualidade de vida para quem trabalha.
5. Auckland (Nova Zelândia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 62.7, Auckland é a única cidade não europeia a aparecer neste top 10.
A maior cidade da Nova Zelândia tem “um ambiente descontraído e amigável” que a torna, também por isso, “confortável e agradável para se viver e trabalhar”, destaca a Forbes Advisor.
Além disso, é “uma economia crescente e diversificada, oferecendo amplas oportunidades de emprego numa variedade de sectores”, realça a mesma publicação.
Em Auckland, um funcionário trabalha, em média, 26,3 horas semanais, o que dá amplo espaço para relaxar depois da jornada laboral. E os trabalhadores com contratos a tempo integral podem tirar quatro semanas de férias remuneradas e ainda gozar 11 dias de feriados por ano.
6. Gotemburgo (Suécia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 60.7, Gotemburgo, a segunda maior cidade da Suécia, é também a segunda representante deste país no top das melhores cidades para trabalhar e conciliar com a vida pessoal.
As empresas da cidade cultivam o bem-estar dos seus colaboradores como princípio fundamental. Assim, fomentam o trabalho flexível em modo remoto, ou híbrido. Os 25 dias de férias anuais são outra benesse que permite manter o equilíbrio.
Por outro lado, Gotemburgo permite o fácil acesso a ilhas, praias e a belezas naturais que ajudam a relaxar do stress do trabalho.
7. Reiquiavique (Islândia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 58.7, Reiquiavique “é um local de sonho para os amantes da natureza trabalharem e viverem”, vinca a Forbes Advisor.
A cidade tem um ambiente natural que permite muitas atividades ao ar livre, tais como caminhadas, natação em piscinas geotérmicas e observação de baleias, entre outras.
O Governo do país também aposta na promoção de um estilo de vida saudável, viabilizando um modelo de trabalho flexível e 24 dias de férias anuais, além de 12 feriados. Tudo isso ajuda a manter um bom equilíbrio entre as vidas profissional e pessoal.
Além disso, os islandeses têm uma abordagem descontraída ao trabalho, o que permite baixos níveis de stress e de ansiedade, e uma melhor saúde mental.
8. Viena (Áustria)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 58.5, Viena é “um lugar ideal para pessoas que buscam um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, destaca a Forbes Advisor, enaltecendo a “alta qualidade de vida” da cidade e a sua “rica cena cultural”.
Além disso, a capital da Áustria oferece vários serviços sociais gratuitos, incluindo assistência médica e educação. Por outro lado, os trabalhadores têm uma média de cinco semanas de férias anuais, além de 13 feriados.
A cidade tem ainda muitos espaços verdes e um ambiente tranquilo propício a relaxar ao ar livre.
9. Edimburgo (Escócia)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 57.1, Edimburgo oferece “muito tempo para relaxar e aproveitar as diversas atividades recreativas da cidade”, realça a Forbes Advisor, notando os 28 dias de férias anuais e as licenças parentais generosas como as principais mais-valias para os trabalhadores.
Mas tem também uma “rica herança cultural, incluindo museus, galerias de arte e teatros”, e está “cercada por uma beleza natural deslumbrante, incluindo colinas, praias e parques”, nota a publicação.
Assim, há “muitas oportunidades para atividades ao ar livre, como caminhadas e ciclismo“, conclui.
10. Belfast (Irlanda do Norte)
Com uma pontuação de Equilíbrio Trabalho-Vida de 57, Belfast beneficia de “um custo de vida mais baixo” e de “uma baixa relação preço/renda dos imóveis” em comparação com outras grandes cidades do Reino Unido, salienta a Forbes Advisor. Por isso, é “uma opção acessível” para quem quer lá viver, constata.
Além disso, é “uma economia próspera” com um sector tecnológico “em rápido crescimento, com vários grandes empregadores na área, incluindo Deloitte, CitiGroup e Allstate”. E também tem uma “atmosfera movimentada e descontraída”.
Nenhuma portuguesa entre melhores cidades do mundo para trabalhar
Não aparece nenhuma cidade portuguesa, nem brasileira, no top 10 da Forbes Advisor. Mas há outras localidades mundiais que obtiveram bons resultados neste ranking.
Assim, a cidade do Luxemburgo, onde vive uma grande comunidade portuguesa, aparece em 11º lugar. Amesterdão, nos Países Baixos, aparece no 12º lugar, Zurique (Suíça) é 13ª, Praga (Chéquia) surge no 14º lugar e Manchester (Inglaterra) no 15º.
As cidades espanholas de Madrid, Barcelona e Valência surgem nos 21º, 23º e 24º lugares.
E a fechar a lista das melhores cidades do mundo para trabalhar aparece Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) no 25º lugar.