O neurologista é um médico especialista no diagnóstico e no tratamento de doenças neurológicas. Sendo assim, este médico trata todas as doenças que afetam o sistema nervoso, o qual inclui o cérebro, os nervos periféricos e a medula espinhal.
São muitas as doenças que atingem o sistema nervoso e muitas delas, sem dúvida, prejudicam gravemente a qualidade de vida dos pacientes.
Por essa mesma razão, ser neurologista é uma forma de ajudar a sociedade em geral, cuidando de pacientes que veem as suas vidas ficarem reduzidas à doença, mas também aliviando as famílias que, antes do tratamento, viviam em função do familiar doente.
O objetivo principal dos médicos formados em neurologia é fazer com que os seus pacientes consigam ter uma vida de maior qualidade e, preferencialmente, torná-los autónomos e independentes, sempre que isso for possível.
Se sentes que tens esta vocação, se te sentes muito próximo da área da medicina, ou se já atuas na área, mas ainda não sabes bem qual especialidade seguir, então continua connosco e vê tudo o que faz um neurologista, as funções que ele desempenha no seu quotidiano, as saídas no mercado de trabalho e o percurso que terás de trilhar se quiseres entrar nesta carreira. Ora vê!
O que faz um Neurologista?
Se seguires a especialidade de neurologia, o teu dia a dia vai passar muito pelo consultório, a dar consultas para pacientes com sintomas de doenças neurológicas. O teu objetivo é diagnosticar a doença que está a afetar o paciente, assim como perceber em que estágio está para proceder ao melhor tratamento.
De entre as muitas doenças do sistema nervoso que terás pelas mãos, destacamos aqui, por exemplo:
- Doença de Alzheimer
- Doença de Parkinson
- Enxaquecas e dores de cabeça intensas e recorrentes
- Epilepsia
- AVC’s (Acidentes Vasculares Cerebrais)
- Meningite
- Síndrome de Ménière
- Doenças infeciosas e/ou inflamatórias da medula
Falamos, portanto, de doenças com um potencial degenerativo muito grande, o que faz com que os neurologistas tenham um papel crucial para a sociedade em geral, e para os pacientes e familiares em particular.
É fundamental que, enquanto neurologista, tenhas um conhecimento muito alargado e profundo sobre genética, assim como sobre o diagnóstico por imagem, através de exames como ressonâncias magnéticas, ultrassonografias, tomografias computorizadas, entre outros.
A partir destes exames tens de identificar exatamente onde está o problema, qual o estágio de evolução da doença, e, sempre que possível, determinar qual a sua origem.
Sempre que um paciente necessite de uma cirurgia, deve encaminhá-lo para o neurocirurgião (especialista que trata cirurgicamente as doenças neurológicas).
Quais as suas funções
A função principal do médico neurologista é fazer com que os seus pacientes tenham uma melhor qualidade de vida, mesmo que não seja possível curar a doença neurológica que os atinge.
Como muitas doenças neurológicas são degenerativas, este especialista tenta com que essa degeneração seja bloqueada, ou então mais lenta, como acontece com a Doença de Alzheimer, ou a Doença de Parkinson.
Por isso, se quiseres seguir esta profissão, tens de saber que terá em mãos casos muito complexos e situações muito penosas para lidar. Não se trata só do paciente, mas de toda a rede de apoio familiar, que sofre também com a doença, especialmente se for incapacitante.
Tratando-se de uma especialidade muito complexa, é possível que os profissionais tirem uma sub-especialidade e, por isso, se dediquem aos casos que se enquadrem nela. Vê quais são!
- Neuroimunologia – Se seguires esta sub-especialização, vais dedicar-te ao tratamento de doenças neurológicas que têm como origem a produção de anticorpos pelo organismo.
- Neurologia cognitiva e comportamental – Esta sub-especialidade diz respeito às funções nervosas superiores. Aqui, incluímos a memória, comportamento, e também linguagem.
- Epileptologia – Embora não seja exclusivo, a maioria dos casos diz respeito a epilepsia.
- Cefaliatria – Se optares por esta sub-especialização, vais debruçar-te sobre os casos que incluem dores de cabeça e enxaquecas.
Saídas no Mercado de Trabalho
Como neurologista, podes trabalhar em hospitais públicos e privados, em clínicas, e tens a possibilidade de abrir o teu próprio consultório. Geralmente, os médicos iniciam a carreira na rede de hospitais públicos.
Como qualquer negócio, para um profissional ser procurado tem de ter uma boa reputação. E essa reputação consegue-se com experiência, a qual, na maioria dos casos em Portugal, é conseguido nos hospitais da rede pública.
No Brasil, este cenário não é muito diferente, mas a maioria dos médicos consegue mais reputação em hospitais e clínicas privados.
As vagas de emprego para os neurologistas são muitas. Sem dúvida, a área da medicina ainda enfrenta uma carência de profissionais qualificados. Por isso, o desemprego, seja qual for a especialidade, é nula.
Como entrar na carreira de Neurologista
Em Portugal, para entrares na carreira de neurologista, precisas, antes de mais nada, concluir o mestrado integrado em Medicina (6 anos). Depois concluis um ano de internato médico comum a todas as especialidades (Ano Comum), e só depois entras no internato médico da especialidade em Neurologia (60 meses).
Para atuar como médico neurologista, é obrigatório estar inscrito na Ordem dos Médicos.
No Brasil, assim como em Portugal, tem de concluir a faculdade de Medicina, com duração de 6 anos, e depois fazer a residência médica na especialidade de Neurologia (3 a 4 anos).
Após a conclusão da especialização, precisa registrar-se no Conselho Federal de Medicina (CFM) para poder ser considerado especialista. É obrigatório, sempre, o registro dos certificados nos Conselhos de Medicina no estado em que atua para conseguir o Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Onde estudar Medicina
Portugal:
Brasil:
Se quiseres ser neurologista, tens de dedicar-te bastante na tua formação. É uma área muito complexa, a qual requer muita pesquisa. Mas vai valer a pena todo esse esforço, cada segundo, cada minuto. Sucesso!