O programador cultural é a pessoa que desenvolve a programação cultural e artística das organizações e instituições culturais. É ele que escolhe os espetáculos e eventos culturais a serem organizados.
Apesar de ser uma profissão desconhecida do grande público, é de grande importância, porque os programadores culturais são responsáveis por dar ao público aquilo que eles estão à procura, são eles que garantem a coerência da programação cultural da organização.
Se gostas de cultura e de arte, esta pode ser a profissão que tanto procuravas. É normal que não conheças ainda todos os detalhes, até porque a maioria das pessoas sequer sabe da existência dos programadores culturais. Mas é exatamente por causa disso que estamos aqui.
Neste artigo vamos mostrar-te tudo sobre esta profissão. Vais descobrir o que faz um programador cultural, quais as funções que tem no seu dia a dia, quais são as saídas no mercado de trabalho, assim como tudo o que precisas fazer para entrar nesta carreira.
Vens connosco?
O que faz um programador cultural?
O programador cultural define a programação de todas as atividades artísticas e culturais da organização cultural para a qual trabalha. Ele trabalha com o gestor cultural para que o programa da organização esteja de acordo com a estratégia definida e para que caiba no orçamento.
Este profissional é a pessoa que faz a mediação entre produtores, comunidade artística e público. Por isso, além de um trabalho cultural, tem também um caráter social envolvido.
Um dos aspetos mais empolgantes deste trabalho é a descoberta de novos talentos. Na elaboração do programa cultural, o programador tem de avaliar os diferentes projetos que tem em mãos.
Isso implica estudar vários tipos de espetáculos, incluindo de novos artistas e talentos. Portanto, além de levar ao público espetáculos bons e que eles gostam, dá a oportunidade a novos talentos para concretizarem os seus próprios sonhos.
Quais as suas funções
A principal função do programador cultural é trazer para a organização cultural um programa que agrade ao público-alvo. É importante conhecer bem o público que costuma ir aos eventos da organização, até porque nem todos gostamos de musicais, ou teatro alternativo, ou jazz…
Como os gostos divergem muito na sociedade, os programadores culturais têm de conhecer bem o público da organização, porque só desta forma consegue fornecer os espetáculos certos para ele.
Mas este profissional também pode “influenciar” os gostos, ao fornecer espetáculos novos, diferentes do que já foram apresentados. Então, podemos dizer que ele se torna numa referência para o público, mas também para os criadores e produtores.
Este facto faz com que ele seja uma pessoa ativa no processo de criação artística. Podemos dizer, até, que ele tem um papel importante, talvez essencial, na definição do que é arte.
Um dos maiores desafios dos programadores culturais, assim como dos gestores culturais, é lidar com um orçamento bem baixo. Sabemos que a cultura e a arte têm poucos apoios, muito menos do que os que deveriam ter. Essa questão faz com que as organizações culturais tenham de viver na “corda bamba”, com os “trocos contados”.
Saídas no mercado de trabalho
A cultura e arte é uma área difícil, com poucos apoios, e a procura por arte e cultura por parte do público não é suficiente para “pagar as contas”. Isto faz com que as ofertas de trabalho sejam poucas e os salários não são tão altos como deveriam.
No entanto, a boa notícia é que quando comparamos as ofertas de trabalho para gestores culturais e programadores culturais, a maioria destina-se a estes últimos.
Como programador cultural, poderás atuar em diferentes organizações culturais, como, por exemplo:
- Museus
- Teatros
- Universidades
- Autarquias
- Fundações
- Galerias
- Associações culturais
- Empresas que desenvolvam uma atividade nas áreas das artes, património e cultura
Como entrar na carreira de programador cultural?
Antes desta profissão ter sido reconhecida como tal, os programadores culturais tinham estudos em outras áreas. No entanto, hoje em dia, o programador cultural forma-se em áreas ligadas à arte e cultura, como história da arte, por exemplo, ou marketing.
Existe em Portugal um curso superior já direcionado para a programação e produção cultural. Isso explica bem a evolução desta profissão e pode indicar, também, um aumento na exigência para este cargo.
Portanto, se queres tornar-te um programador cultural, deves ter em mãos um curso que te faça valorizar no mercado de trabalho.
Se não quiseres tirar uma licenciatura em programação cultural, então deves investir numa licenciatura que esteja diretamente ligada às funções do programador cultural, como história das artes e marketing.
Poderás ver as diferentes opções já a seguir. Vamos?
Onde estudar para programador cultural?
Se queres entrar na carreira de programador cultural, então podes tirar uma das seguintes licenciaturas:
Portugal:
- Programação e Produção Cultural – IP Leiria
- História da Arte – FLUP, Universidade Nova de Lisboa
- Marketing – Universidade Lusíada, Universidade de Aveiro
Brasil:
Se queres trabalhar como programador cultural, então não deixes de estudar bastante. Com o mercado de trabalho tão difícil, quanto maior a tua formação, mais serão as oportunidades de trabalho, com toda a certeza. Vais arriscar?